A introdução alimentar dos bebês é uma fase muito importante para o desenvolvimento do paladar infantil, quando a criança deixa de se alimentar apenas do leite materno e passa a experimentar outros alimentos.
Mas é claro que, assim como outras fases do desenvolvimento de um bebê, esta também é cheia de desafios e os pais costumam ter muitas dúvidas sobre o que fazer.
Para te ajudar a passar pela introdução alimentar do seu bebê com muito mais tranquilidade, separamos algumas dicas que podem ajudar bastante!
1. Diversidade dos alimentos
Se você deseja desenvolver bem o paladar da criança é importante apresentar uma grande variedade de alimentos com diferentes sabores e texturas, de modo que a criança possa experimentá-los e se acostumar desde pequena com a diversidade dos alimentos.
Quanto mais alimentos (saudáveis!) uma criança consome, melhor será para ela.
Por isso, o ideal é investir em alimentos de variados tipos, como as hortaliças, carnes e ovos, feijão, arroz e também alimentos como batata, aipim, macarrão, lentilha, soja, ervilha…
Tudo isso é importante para que a criança se acostume com sabores diferentes, mas também para que ela possa ter uma alimentação rica em variados nutrientes, como vitaminas, proteínas, carboidratos, ferro, zinco… Basicamente, tudo aquilo que ela precisa para crescer saudável!
2. O começo
Para crianças que estão sendo amamentadas com o leite materno, o ideal é que se inicie a introdução alimentar aos 6 meses, com papinhas de frutas e salgadas. Já para crianças que não estão sendo amamentadas, o ideal é que o início da introdução se dê a partir do 4º mês de vida.
No começo, a introdução alimentar deve ser feita com com papinhas, que não precisam ser batidas no liquidificador, podendo ser apenas amassadas no garfo, permitindo uma consistência um pouco mais sólida, que ajudará a criança a desenvolver a mastigação posteriormente.
Além disso, é recomendável que a papinha seja de um tipo de alimento por vez, de forma que a criança possa se acostumar com os sabores dos alimentos individualmente.
Entre os 8 aos 12 meses, a criança já poderá se alimentar com a refeição que a própria família consome, além de consumir também frutas e pães.
3. Frutas em pedaços
Para os pais que buscam também desenvolver a autonomia dos filhos, uma forma interessante para realizar a introdução alimentar dos bebês, especialmente após alguns meses da criança já estar consumindo as papinhas, é oferecer as frutas em pedaços.
Dessa forma, a criança se familiariza mais rápido com o alimento, pode pegá-lo, sentir a sua consistência e, assim, ter a autonomia de se alimentar.
É claro, esta é uma forma um pouco mais trabalhosa e exige bastante cuidado e paciência, pois é normal que as crianças façam bastante bagunça e acabem demorando mais para comer tudo.
No entanto, é algo que pode trazer muitos benefícios a longo prazo.
Por exemplo, mesmo quando a criança ainda não possui seus primeiros dentes, ela já pode ir se acostumando com o movimento da mastigação ao colocar na boca pequenos pedaços de alimentos mais macios e fáceis de serem ingeridos.
Quando os dentes nascerem, ela já estará mais acostumada a se alimentar com alimentos sólidos do que estaria se tivesse apenas consumido alimentos amassados até então.
4. Volte a oferecer os alimentos
Quanto mais nova a criança é, mais o paladar dela vai mudando ao longo do tempo – sejam semanas ou meses. O desafio é que muitos pais oferecem apenas uma ou duas vezes um alimento e, ao perceber que a criança não gostou, deixam para lá.
Você pode voltar a insistir com alimento várias vezes! Existem estudos que mostram que você pode até mesmo apresentar o alimento 15 vezes para a criança e isso pode ajudá-la a mudar o seu paladar.
A dica é: espere alguns dias até apresentar o mesmo alimento e mude a forma de apresentação.
Por exemplo, um legume pode ser apresentado com outro acompanhamento, como arroz, pode ser ralado ou em pedaços cozidos… O importante é mudar a forma com que você oferece o alimento.
Mas não desista do alimento nas primeiras tentativas! Essa primeira fase de alimentação da criança é muito importante para desenvolver seu paladar e, após mais velha, o paladar tende a mudar menos.
Portanto, a hora de ajudá-la a se alimentar com mais diversidade de alimentos é agora.
5. Dê exemplo!
As crianças aprendem muito mais a partir do que elas veem seus pais fazendo do que a partir daquilo que você ensina. E isso começa mesmo quando elas são muito pequenas, com menos de um ano!
Por exemplo, se vocês não possuem o hábito de tomar sucos em casa e desejam oferecer isso à criança, ela pode começar a estranhar e recusar os sucos.
O mesmo vale para outros tipos de alimentos, como legumes, vegetais, hortaliças, frutas…
E a partir de 1 ano de idade, por exemplo, as crianças já possuem essa percepção muito mais desenvolvida e pode ser realmente desafiador não lhe dar alimentos que são proibidos, como frituras, alimentos industrializados e processados, se elas veem os pais se alimentando desta forma.
O momento da refeição também é muito importante – por isso, evite as distrações durante a refeição, como celulares e assista à TV. Faça desse momento em família um momento exclusivo para a alimentação, tanto para os adultos da casa, quanto para as crianças, que seguirão o exemplo.
Para desenvolver uma boa introdução alimentar infantil é necessário ter bastante paciência e cuidado, mas é um trabalho que vale a pena! Pois, o desenvolvimento do paladar da criança nos seus primeiros meses de vida trará resultados que ela colherá por toda a sua vida.
Essas dicas podem te ajudar a superar alguns pequenos desafios que surgem nessa fase, mas recomendamos que você sempre busque a ajuda profissional e conselhos do médico pediatra do seu bebê, especialmente se a criança não tem sido amamentada exclusivamente com o leite materno.
Assim como em outros aspectos, na introdução alimentar cada criança também é única e entender isso fará o todo o processo ser muito mais leve! Portanto, tenha tranquilidade e paciência!